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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Nutri-Guerra: Parte Segunda. A preparação

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(para entender como tu começou veja o post anterior: http://aquelecaminho.com/2014/01/19/nutri-guerra-parte-primeira-e-so-o-comeco)         - Bom, agora que temos todas as suas medidas, podemos começar a conversar.   Achei um pouco fria esta frase da Nutricionista. Ela só tirou “algumas medidas”. Faltam outras tão importantes quanto: que filmes assisto? Como estou me sentindo? Qual o nome dos meus amigos? Medir já é algo tão difícil, mas me transformar em centímetros, dobras e porcentagens é desumano. Mas não falei isso, fiquei com medo dela se irritar o puxar o alicate de gordura (adipometro, lembra?)...   - Você gosta de beber? - Água? Sim. - (Risos). Não, não. Cerveja, destilados, estas coisas. - Eventualmente. - Pois tenho uma ótima notícia! - Oba! - Esta proibido. Além de se sentir muito melhor, você não terá mais ressaca. - Oxe, mas o mundo ficará mais pesado, menos leve. Seria injusto da minha parte fazer isto com o Planeta. Além do mais, a maioria das piadas perderão a graça e,

Nutri-Guerra - Parte Primeira

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- Oi. Tudo bem? - Tudo. E você? O que te trouxe aqui? - Me sinto gordo. Cansei disso. - Fofo? - Gordo - Cheio? - Gordo. - Então quer emagrecer? - Não. Quero transformar essa pelota que tenho no abdômen em 6 tanques de guerra. Pode ser? - Vamos tentar. Foi assim que começou minha ida a nutricionista. Duas semanas antes do Natal, uma semana antes da semana nacional das confraternizações de fim de ano: 7 festas em 6 dias. Ilusão, coragem ou otimismo utópico? Sei lá. Até tentei mar marcar horário para o próximo ano, mas estava cheio. Fui logo. - Então vamos lá – disse a profissional, toda de branco e com um alicate monstruoso nas mãos. - Pera ai! Esse é o alicate da humilhação. Não quero. - É para nosso bem. E se chama adipometro. Você trouxe short? Não, não tinha levado short. Ela não havia avisado. Mas fui com uma cueca nova, bem bonitinha comprada em loja de grife de cueca, bem melhor que aquelas de lojas de departamento. Super respeitosa. Para evitar vexames. - Tudo bem. Eu tenho um sh

The Dream Team

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Espírito de Equipe? Senso de grupo? Ou Bando? Bando é muito feio?  Seja qual for o substantivo coletivo (essa foi do fundo do baú!), a melhor matilha nem sempre precisar ter o maior lobo. Não entendeu? Bom, uma vez fiz uma aula de cama elástica (sim, é possível e até divertido) e, segundo a professora lá, quando se pula em dupla, a altura que você chega depende muito pouco do seu impulso individual. Depende muito pouco de uma habilidade egocêntrica. A altura final está muito mais ligada ao sincronismo, ao quão forte é a ligação da dupla. Juntos vão mais alto. Mas só se souberem ir juntos. Aprendi a respeitar uma equipe bem formada. Vejam que não falei: equipe grande ou equipe forte ou mesmo equipe de gênios. Ela não precisa que seus elementos individuais, suas células, SUA GENTE, sejam super. A equipe precisa ser, basicamente, bem formada. Aprendi isso com 16 anos. Foi jogando basquete. Alguns anos mais tarde acabei relembrando disto, em situações bem diferentes. Mas vamos voltar lá pa

O Jornal Dos Outros

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Lá estava eu, no metrô. Aliás, este é um cenário comum, talvez não pelo tempo que passe neste transporte, mas pela situação que acaba ocorrendo.Imagine-se, trancando dentro de uma lata de sardinha, embaixo da terra. Em uma situação assim, restam poucas coisas para fazer. Geralmente, me distraio lendo o jornal alheio, um esporte que, por sinal, venho desenvolvendo já há algum tempo.Atualmente treino para a próxima etapa: leitura completa de um livro alheio. Não entendo o porquê, mas o jornal costuma ficar mais interessante na mão dos outros, apesar de ser distribuído gratuitamente na entrada da lata de sardinha. Enfim, lá estava eu. Indo ou vindo, não interessa. Um detalhe inútil: estava em pé.Inútil para todos, menos para mim.Mas o fato é que eu estava em pé. Ontem, o senhor sentado na cadeira do lado se deu o trabalho de pegar um folhetim gratuito: “METRO” o nome do jornal. A criatividade reina nos subterrâneos urbanos. Há diversas formas de entender uma pessoa. Hoje consigo descrever