Por favor, deixe o outro passar
O que é se não a essência da vida em comunidade, o respeito ao próximo? Seja lá quão próximo ou distante ele seja. Aqui do alto vejo a falta que isto faz. A menos de um susto ou outro que levo, pouco me faz diferença. Vivo fora, praticamente a mercê de todos. Mas não cego, e sim altivo e brilhoso lanço meu olhar sobre o cotidiano ao redor. Ele avança erroneamente, acha que dá, mas não deu certo. Assusta ela e, ao invés de um “bom dia, como estas elegante e bonita”, quem sabe não seria ai o início de um belo romance, xinga e é xingado. O romance dá lugar a um drama sem fim e sem razão. Esta visão com a qual fui privilegiado me permite ver a beleza de um cantinho de praça com seu banco esbranquiçado. Vazio, evitado pelo barulho das pessoas e coisas que por perto passam. A gritaria aguda sobrepõe-se ao veludo de um sussurar apaixonado. Já foi a época de ser um banquinho para apaixonados. Ela ia pedir ele em casamento. Engraçado não? No instante derradeiro, belos joelhos femininos prostra