O Julgamento do Saquê
Quente demais lá fora. Não tão quente quanto poderia ficar. São Pedro e seus caprichos metereológicos encontravam-se de razoável humor. Mais uma vez optei pelo tradicional transporte subterrâneo e lá fui eu pelas escadarias do metrô.
Chega o trem daqueles novinhos comprados na última licitação super-faturada do governo. Pelo menos não economizaram no ar-condicionado. Como eu adoro este novo tipo de vagão. Posiciono-me bem abaixo da saída de vento. Meus colegas de transporte podem, neste momento, vislumbrar um breve e verdadeiro sorriso esboçando em minha face.
“Calor demais essa hora da manhã, este metrô é uma porcaria mesmo”.
Espanto-me com a agressão ao maquinário que ainda há pouco proporcionou oposta felicidade ao meu presente.
Vejo um novo-adulto tentando mascarar seu excesso de juventude através um terno marrom e com cara de ser demasiadamente quente. Muito quente, especialmente para um dia como aquele.
Abro o livro que estou lendo em uma página qualquer.
“Quando bebemos um bom saquê e mesmo assim seu gosto parece ruim, é porque o gosto ruim está em você”.
Caso encerrado.
Chega o trem daqueles novinhos comprados na última licitação super-faturada do governo. Pelo menos não economizaram no ar-condicionado. Como eu adoro este novo tipo de vagão. Posiciono-me bem abaixo da saída de vento. Meus colegas de transporte podem, neste momento, vislumbrar um breve e verdadeiro sorriso esboçando em minha face.
“Calor demais essa hora da manhã, este metrô é uma porcaria mesmo”.
Espanto-me com a agressão ao maquinário que ainda há pouco proporcionou oposta felicidade ao meu presente.
Vejo um novo-adulto tentando mascarar seu excesso de juventude através um terno marrom e com cara de ser demasiadamente quente. Muito quente, especialmente para um dia como aquele.
Abro o livro que estou lendo em uma página qualquer.
“Quando bebemos um bom saquê e mesmo assim seu gosto parece ruim, é porque o gosto ruim está em você”.
Caso encerrado.
Vivo com esse gosto ruim na boca..
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